Vivência trágica ou plenitude épica
um capítulo do debate Lukács-Adorno
Resumo
A polêmica entre Lukács e Adorno é um dos grandes confrontos intelectuais do século XX, e junto a outras célebres discussões (como as de Lukács com Brecht e Sartre, ou as de Adorno com Benjamin ou Karl Popper), chegou a fazer história pelo alcance e relevância das opiniões, bem como por seus efeitos na evolução posterior do marxismo. A polêmica conheceu momentos de intolerância dogmática, sobretudo por parte de Adorno, que opôs à teoria do crítico húngaro acusações e argumentos ad hominem: um caso extremo é o artigo “Reconciliação extorquida”, onde se emprega uma linguagem abusiva para imputar a Lukács a vulgaridade, a incompreensão ou a falta de gosto. Vale destacar que Adorno lutou para jogar por terra várias das ideias centrais da teoria lukacsiana: em “Leitura de Balzac”, questiona parcialmente o elogio formulado por Lukács ao realismo balzaquiano; no excerto sobre o Odisseu em Dialética do esclarecimento refuta a idealização lukacsiana do classicismo grego, e encontra nele a gênese da moderna exploração burguesa; “A ferida Heine” contradiz o Lukács de “Heine como poeta nacional”, e os Três estudos sobre Hegel reprovam a reconciliação com a realidade que Lukács celebra no autor da Fenomenologia.
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