O debate filosófico sobre um Lukács hegeliano

  • Claudinei Cássio de Rezende

Resumo

Este artigo traça o debate sobre um suposto hegelianismo no último Lukács, especialmente a partir de dois interlocutores antagônicos, J. Chasin e Jesus Ranieri. Enquanto o primeiro percebe que a explicação lukacsiana da ontologia do ser social ainda guarda o em-si epistêmico – uma debilidade lukacsiana não existente em Marx – e um pretenso vínculo lógico entre Marx e Hegel com o intuito de firmar uma epistemologia que sustentasse sua Ética; o segundo crê, a partir de uma análise semântica das obras de Hegel, que Lukács é uma espécie de leitor hegeliano de Marx. Não obstante, quando Ranieri lança mão de tal argumentação, ele não vê este hegelianismo de Lukács como debilidade não-superada, como faz Chasin, mas como o caminho irretocável de análise da questão marxiana sobre o método. Contudo, uma cuidadosa análise dos Prolegômenos para uma Ontologia do Ser Social pode impugnar ambas as teses.

Palavras-chave: György Lukács; G. W. F. Hegel; J. Chasin; ontologia.

Biografia do Autor

Claudinei Cássio de Rezende

Doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Publicado
2018-03-27