O debate filosófico sobre um Lukács hegeliano
Resumo
Este artigo traça o debate sobre um suposto hegelianismo no último Lukács, especialmente a partir de dois interlocutores antagônicos, J. Chasin e Jesus Ranieri. Enquanto o primeiro percebe que a explicação lukacsiana da ontologia do ser social ainda guarda o em-si epistêmico – uma debilidade lukacsiana não existente em Marx – e um pretenso vínculo lógico entre Marx e Hegel com o intuito de firmar uma epistemologia que sustentasse sua Ética; o segundo crê, a partir de uma análise semântica das obras de Hegel, que Lukács é uma espécie de leitor hegeliano de Marx. Não obstante, quando Ranieri lança mão de tal argumentação, ele não vê este hegelianismo de Lukács como debilidade não-superada, como faz Chasin, mas como o caminho irretocável de análise da questão marxiana sobre o método. Contudo, uma cuidadosa análise dos Prolegômenos para uma Ontologia do Ser Social pode impugnar ambas as teses.
Palavras-chave: György Lukács; G. W. F. Hegel; J. Chasin; ontologia.
O(s) autor(es) esta(ão) de acordo que o conteúdo do trabalho aprovado para publicação na Verinotio são de responsabilidade exclusiva do(s) mesmo(s) e que o uso de qualquer marca registrada ou direito autoral no artigo foi creditado ao(s) autor(es) ou a permissão para uso do nome.
Tenho (temos) ciência de que a revista se reserva o direito de efetuar alterações nos originais apenas de ordem normativa, ortográfica e gramatical com vistas a manter o padrão da língua e a padronização de layout, respeitando, contudo, o estilo dos autores. A aprovação final pelo(s) autor(es) fica condicionada ao aceite dos termos desta declaração e validação da versão final do artigo.
Os Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com direitos de primeira publicação para a Revista. Em virtude de aparecerem nesta Revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais, de exercício profissional e para gestão pública.