Os descaminhos da paixão

o problema da afetividade alienada do mundo capitalista

  • Antônio José Lopes Alves
  • Sabina Maura Silva

Resumo

No presente artigo se intenta delimitar as principais características da paixão, entendida como movimento das potências humano-sociais do sentir. Capacidade humana que é elaborada historicamente e formatada dentro do circuito das relações sociais nas quais os indivíduos existem efetivamente e se realizam como sujeitos concretos. Nesse sentido, a paixão é uma forma de expressão do próprio caráter de ser do humano, isto é, eminentemente societário, o qual se perfaz pela via de um multiverso de liames e nexos recíprocos. Relações sociais que, na esfera da afetividade, se traduzem pela busca e reconhecimento da dependência radical de um outro que completa e torna pleno o indivíduo, não obstante plenitude que é sempre delicada e frágil, em razão de depender visceralmente da própria relação para ser. Paixão que é, portanto potência de sentir o outro que é social e histórica, se manifesta dentro dos contornos da vida social onde os indivíduos concretos vivem e atuam, exprimindo, por isso, o caráter desta mesma sociabilidade.

Palavras-chave: Paixão – Individualidade – Sociabilidade – Literatura

Biografia do Autor

Antônio José Lopes Alves

Doutorando em Filosofia no IFCH da Unicamp, mestre em Filosofia pela UFMG, professor do Colégio Técnico da UFMG e membro do Grupo de Pesquisa Marxologia: Filosofia e Estudos Confluentes.

Sabina Maura Silva

Mestre em Filosofia pela UFMG, membro do Grupo de Pesquisa Marxologia - Filosofia e Estudos Confluentes da UFMG, professora da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte e da Faculdade de Educação da UEMG. Integrante do Grupo de Pesquisa: Marxologia, Filosofia e estudos Confluentes – UFMG

Publicado
2018-03-19
Seção
Artigos fluxo contínuo