Marx - A determinação ontonegativa da politicidade
Resumo
A proposta de minha exposição é trazer à baila, ao menos por algumas horas, a figura de Marx – o eterno enjeitado, mil vezes sepulto e sempre temido formulador teórico –, por meio da esfera de seu pensamento político.
Reconheço que o momento é ingrato, adverso, material e idealmente – nem tanto porque, na atualidade, o descrédito de sua obra tenha se convertido em moeda corrente, mas devido ao fato inegável de que, desde a emergência – há 150 anos –, a perspectiva do trabalho, por ele configurada, não tenha nunca se alçado à vitória. Pelo contrário, amarga um século e meio de derrotas. A enumeração destas é fácil: desde as longínquas revoluções europeias de [18]48, passando pela exemplaridade da Comuna de Paris e fazendo o trânsito das inviabilidades genéricas da Revolução Russa, até chegar a outras mais recentes, como o episódio mórbido do caso chinês ou o combalido esforço cubano, tanto quanto a herança desfeita da esmagada Comuna de Gdansk. Em suma, com a implosão do Leste europeu, é definitivo o traçado da falência de todo o itinerário percorrido de meados dos oitocentos até o encerramento de nosso século.
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