J. Chasin

a crítica ontológica do anticapitalismo romântico típico da "Via Colonial" – os integralismos

  • Antônio Rago Filho

Resumo

A historiografia convencional, descartando as especificidades sociais do solo histórico, identifica o integralismo ao fascismo por meio do recurso mimético, fenômeno à mercê dos influxos externos. A ideologia integralista se configura como uma utopia reacionária que intenta frear o desenvolvimento da industrialização e das forças produtivas materiais, haja vista que a progressividade do capital industrial in limine levaria ao comunismo, ao materialismo e ao fim da religião. Um dos primevos partidos de massa, a Ação Integralista Brasileira (1932-1937) constituiu-se numa frente de direitas, com Plínio Salgado à testa, que ambicionava a instauração de um estado integral forte por meio de uma revolução espiritual ancorada na doutrina social da Igreja. José Chasin efetiva uma verdadeira revolução historiográfica, afirmando que, ao revés de ser homólogo do fascismo, o integralismo é uma utopia reacionária, forma particular de anticapitalismo romântico da Via Colonial de objetivação do capital no Brasil.

Palavras-chave: Integralismo; Utopia Reacionária; Revolução Espiritual; Anticapitalismo Romântico; Capitalismo Híper-tardio.

Biografia do Autor

Antônio Rago Filho

Graduado em ciências políticas e sociais pela ESP, mestre e doutor em história social pela PUC-SP. Professor do Colegiado de Ciências Sociais do Centro Universitário Fundação Santo André, do Programa de Estudos Pós-graduados em História e do Departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais da PUC-SP.

Publicado
2018-03-25