A objetividade sociohistórica dos valores

contra o relativismo e o absolutismo éticos

  • Antônio José Lopes Alves
  • Sabina Maura Silva

Resumo

O presente artigo tem por escopo analisar os aspectos mais problemáticos da posição multiculturalista, no que tange às questões de natureza moral. Neste sentido, buscou-se explicitar e analisar os elementos mais distintivos da referida
perspectiva teórico-ideológica, revelando suas raízes filosóficas, as quais se encontram no campo definido pelo pragmatismo e pelo irracionalismo originado da reflexão de Nietzsche. Assim, desvela-se o relativismo moral não como mera
resultante conjuntural, mas como conseqüência coerente do multiculturalismo. Além disso, pretendeu-se afastar o seu oposto abstrato, o absolutismo moral, baseado na concepção transcendental e não-histórica dos valores, representado
pela tematização kantiana, tanto dada a sua inocuidade teórica e prática quanto por sua insustentabilidade conceitual frente aos reais dilemas morais enfrentados pelos indivíduos sociais concretos.

Palavras-chave: Relativismo cultural; ética; historicidade dos valores.

Biografia do Autor

Antônio José Lopes Alves

Mestre em filosofia pela UFMG, doutorando em filosofia pela Unicamp, membro do Grupo de Pesquisa Marxologia: Filosofia e Estudos Confluentes. Professor de filosofia do Colégio Técnico da UFMG.

Sabina Maura Silva

Mestre em filosofia e doutoranda em Educação pela UFMG, membro do Grupo de Pesquisa Marxologia: Filosofia e Estudos Confluentes. Professora de Filosofia e Antropologia Cultural do Instituto Superior de Educação Anísio Teixeira da Fundação Helena Antipoff – MG.

Publicado
2018-03-19
Seção
Artigos fluxo contínuo