“Habilidoso”, de Machado de Assis: um retrato do artista na moldura do diletantismo à brasileira
Resumo
A justaposição imediata, e com traços satíricos, da figuração do artista em polos opostos – como Gênio e como alguém “Habilidoso”, título do conto de Machado de Assis que será analisado neste texto, – remete o leitor à questão do diletantismo na arte, que ganha força no século XIX e se reflete artisticamente, na narrativa machadiana, pela composição de personagens e narradores artistas: músicos, como o Pestana, de “Um homem célebre”, Inácio Ramos, de “O machete”, Mestre Romão Pires, de “Cantiga de esponsais”; escritores autobiográficos, como Brás Cubas, Bento Santiago e Conselheiro Aires; e um curioso pintor de quadros sem sucesso, João Maria, nosso protagonista “Habilidoso”. Entendendo a atitude diletante como uma condição histórica a ser enfrentada pelo artista e pelo intelectual na modernidade, investigamos de que forma a posição diletante, objeto da atenção de Goethe no século XVIII e estreitamente ligada à mudança da produção da arte no mundo do capital, se apresenta acrescida de um segundo grau problemático na obra machadiana: o diletantismo à brasileira.
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