http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/issue/feed Verinotio – Revista on-line de Filosofia e Ciências Humanas - ISSN 1981-061X 2025-12-15T11:44:41-03:00 Vania Noeli Ferreira de Assunção revistaverinotio@gmail.com Open Journal Systems <p align="justify">Esse espaço foi criado para propiciar a exposição de produções teóricas no campo das Ciências Humanas, que tenham como referência a história em suas contradições e transformações, bem como, fomentar reflexões no campo do marxismo na perspectiva de uma ontologia do ser social, na qual busca-se a apreensão de todas as formas de produções sociais, ou seja, no campo da arte, da literatura, filosofia, economia, ideologia etc.</p> http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/786 Expediente 2025-12-15T11:34:13-03:00 Comissão editorial rvielmi@gmail.com <p>Expediente</p> 2025-12-14T19:38:13-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/787 Da negação da ciência à simulação de pensamento científico por meio da criação de pseudo-objetividades 2025-12-15T11:34:13-03:00 Ronaldo Vielmi Fortes rvielmi@yahoo.com.br Ester Vaisman rvielmi@gmail.com <p>editorial</p> 2025-12-14T19:43:07-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/769 Nikolai Mikhailovsky diante do tribunal do sr. K. Marx: Marx e a recepção d’O capital na Rússia 2025-12-15T11:34:13-03:00 Gabriella M. Segantini Souza gabriella.segantini.souza@gmail.com <p>No final de 1877, Nikolai Danielson – tradutor da edição russa do Livro I d’O capital – enviou a Marx alguns artigos e revistas que acreditava que interessariam o autor alemão. Dentre esses papeis, estava o artigo Karl Marx diante do tribunal do sr. Zhukovsky, de Nikolai Mikhailovsky, no qual tratava d’O capital e da pertinência da obra para os russos, em um contexto de dissolução das antigas relações de produção e de avanço do desenvolvimento capitalista. Depois de ler o artigo, entre 1878 e 1879, Marx escreveu uma carta para a revista onde fora publicado o artigo de Mikhailovsky, Otechestvennye zapiski, respondendo seu interlocutor russo. No presente artigo, propomo-nos a analisar essa missiva, investigando nela a visão de Marx acerca da recepção d’O capital na Rússia.</p> 2025-12-14T19:45:29-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/765 A crise em níveis: o todo artístico dos três volumes de O capital de Karl Marx 2025-12-15T11:34:14-03:00 Ana Clara Passos Presciliano anaclarapresciliano@gmail.com <p>O presente artigo investiga como a crise econômica é concebida nos Livros I, II e III de O capital, de Karl Marx, buscando reconstruir a unidade entre produção, circulação e reprodução do capital. Parte-se da hipótese de que a crise é imanente ao modo de produção capitalista e se desenvolve à medida que o conceito de capital se complexifica, manifestando-se em quatro níveis interligados: a cisão entre compra e venda (Livro I), o limite da produção de mais-valor (Livro I), o desequilíbrio entre setores produtivos no movimento do capital (Livro II) e a “erupção violenta” das figuras autonomizadas com a interrupção do ciclo de valorização (Livro III). Sustenta-se que essas dimensões revelam diferentes momentos de uma mesma contradição fundante, que percorre a lógica do capital desde sua aparência mais simples até sua manifestação global.</p> 2025-12-14T19:48:49-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/778 “Zoon politikon” para Marx: o ser social e a historicidade da política 2025-12-15T11:34:14-03:00 Ana Carolina Marra de Andrade anamarra7@gmail.com <p>No presente artigo são feitas considerações sobre o uso dado por Marx à famosa frase aristotélica “o homem é um animal político [ζῷον πολιτικόν]” em três momentos distintos de sua elaboração teórica: nos textos de 1857-8, nomeadamente a “Introdução” de 1857 e as Formas que precederam a acumulação capitalista, que fazem parte dos Grundrisse; no Livro I de O capital: crítica da economia política (1867); e nos excertos sobre A sociedade antiga de Lewis Morgan, escritos em 1881, publicados posteriormente como parte dos chamados Cadernos etnológicos de Marx. Assim, analisa-se de que modo Marx interpreta a expressão aristotélica, e até que ponto é possível considerar que ele discorda da afirmação de que “o homem é um animal político [ζῷον πολιτικόν]”. Entende-se que Marx insere a afirmação em seu contexto histórico, enquanto uma “característica da Antiguidade clássica”, mas que remete também para um caráter universal importante: a sociabilidade do ser humano, que é, a saber, “se não um animal político, em todo caso um animal social”. Com essas inferências, Marx se opõe aos teóricos que tomam o indivíduo isolado enquanto ponto de partida histórico, naturalizando a sociedade civil-burguesa. Nesse sentido, esta análise não é relevante apenas enquanto mera interpretação marxiana de Aristóteles, mas também para a apresentação de duas concepções fundamentais para Marx, intrinsecamente conectadas: o caráter ontologicamente social do ser humano e a historicidade da política, o que, em última análise, fornece as bases para a superação do próprio estado enquanto criação humana.</p> 2025-12-14T19:52:27-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/770 Forças sociais de produção como forças do capital: as forças produtivas do trabalho sob a produção capitalista na obra de Karl Marx 2025-12-15T11:34:15-03:00 Lucas de Oliveira Maciel lucas.maciel@gmail.com <p>Em sua obra econômica desenvolvida, Marx trata da relação entre trabalhadores e meios de produção tendo em vista a conformação desta sob condições capitalistas. Nesse sentido, entre outros aspectos, reflete sobre a subordinação dos produtores reais às próprias condições objetivas de trabalho, as quais aparecem, não como forças suas, mas do próprio capital. O intuito do presente artigo é mostrar a compreensão marxiana da questão, e esclarecer o processo segundo o qual forças sociais de produção se submetem à autovalorização do valor. Veremos que se, por um lado, o ímpeto do capital de produção de mais-valor o leva à revolução constante dos meios de produção, e, desse modo, traz consigo o desenvolvimento da riqueza material, por outro, esse mesmo traço mantém o trabalhador preso a relações de subordinação, nas quais os meios de sua atividade se lhe defrontam como meios de sua escravização</p> 2025-12-14T19:55:39-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/773 Os Manuscritos econômico-filosóficos de 1844 e a teoria do valor de Marx: primeiras observações 2025-12-15T11:34:16-03:00 Paulo Henrique Furtado de Araujo phfaraujo@id.uff.br <p>O artigo toma a teoria do valor de Marx, constituída a partir de 1857/58, como chave para uma leitura crítica dos Manuscritos econômico-filosóficos de 1844. Oferecendo algumas observações e sugestões de reinterpretação do texto de 1844, destaca determinadas categorias que permanecerão no centro das análises de Marx, por exemplo: trabalho, objetivação, exteriorização, estranhamento, exploração, substância, essência, emancipação e sujeito. Por fim, sugere que a partir instauração da crítica ontológica marxiana da economia política, a apreensão, por Marx, desse conjunto categorial sofre uma inflexão decisiva no interior de sua ontologia materialista do ser social.</p> 2025-12-14T19:59:14-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/767 Economia política da pena e crítica da questão penal: da crise do passado aos aportes para o futuro 2025-12-15T11:34:16-03:00 Marina Araújo Reis Lavarini rvielmi@gmail.com <p>Este trabalho se propõe a revisitar criticamente a tradição da economia política da pena, identificando seus principais fundamentos, limites e possibilidades de reelaboração a partir do pensamento de Karl Marx. Derivando da constatação de que a criminologia crítica e a economia política da pena tendem, historicamente, a afastar-se da leitura histórico-materialista que as originou, o estudo busca retomar os pressupostos ontológicos e metodológicos do marxismo para a compreensão da questão penal. Analisa-se o desenvolvimento das duas obras mais conhecidas da economia política da pena, <em>Punição e estrutura social</em>, de Rusche e Kirchheimer, e <em>Cárcere e fábrica</em>, de Melossi e Pavarini, apontando os equívocos decorrentes da confusão entre economia política e crítica da economia política e da tendência ao parcelamento científico.</p> 2025-12-14T20:02:27-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/779 Determinações da punição no capitalismo de via colonial: bonapartismo e autocracia burguesa institucionalizada na industrialização brasileira 2025-12-15T11:34:17-03:00 Nayara Rodrigues Medrado nayaramedrado@gmail.com <p>Buscamos, neste trabalho, desde as lentes da teoria da via colonial, de J. Chasin, e partindo de abstrações razoáveis, apontar as determinações gerais do sistema penal na reprodução da via própria de desenvolvimento capitalista do Brasil. Em continuidade a artigo anterior, enfocamos neste escrito o período de afirmação, no país, do verdadeiro capitalismo - o industrial - a partir dos anos 1930, e até o processo de mundialização do capital, coincidente com a autorreforma negociada da ditadura nos anos 1980. O objetivo é mostrar como, longe de uma afirmação democrática, o Brasil tem oscilado, ao longo da república, entre períodos de bonapartismo e de autocracia burguesa institucionalizada, e como, em meio a esse movimento pendular próprio de uma particular via de formação capitalista, o sistema penal tende a ocupar um lugar privilegiado, e a receber contornos específicos. Para essa caracterização, o estudo vale-se de dados produzidos pela historiografia nas últimas décadas, ao mesmo tempo que dialoga com o campo da criminologia crítica e, mais especificamente, com a economia política da pena.</p> 2025-12-14T20:05:15-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/782 Notas sobre estado e políticas públicas a partir da crítica da economia política marxiana 2025-12-15T11:34:17-03:00 Rossi Henrique Chaves rossichaves@hotmail.com <p>Este artigo desenvolve uma análise imanente da obra magna de Karl Marx, O capital, com o objetivo de demonstrar que sua crítica da economia política fornece os fundamentos indispensáveis para uma análise radical do estado e da administração pública. Argumentamos que a aparente neutralidade e a função meramente técnica do aparato estatal são abstrações ideológicas que obscurecem sua subordinação à lógica da acumulação. Para desvelar essa dinâmica, a análise mobiliza categorias da crítica da economia política marxiana, assim como o conceito marxiano de impotência [Ohnmacht] da administração – compreendido como sua incapacidade estrutural para resolver as mazelas sociais que o próprio modo de produção capitalista engendra. Para tanto, realizamos uma exegese dos três volumes de O capital, articulando seus principais conceitos com a problemática da gestão estatal. O Livro I é analisado para revelar a gênese dos problemas sociais (a pauperização relativa) como produto imanente da acumulação, estabelecendo os limites intransponíveis da ação administrativa. O Livro II é explorado para elucidar a natureza do trabalho estatal e do fundo público enquanto custos de gestão sistêmica, análogos aos custos de circulação por sua função na realização do mais-valor e por seu caráter improdutivo. Por fim, o Livro III é mobilizado para situar o estado e sua administração como arena central da luta de classes pela distribuição do mais-valor, especialmente sob a pressão da queda tendencial da taxa de lucro e da dinâmica do capital de crédito. Concluímos que O capital, ao desvelar as leis de movimento do capital, oferece as ferramentas teóricas essenciais para desmistificar o estado, compreendendo sua dualidade funcional – sua potência para servir ao capital e sua impotência para promover a emancipação humana – e reafirmando a pertinência de sua análise para o debate contemporâneo sobre (contra)reforma do estado, austeridade econômica e políticas públicas.</p> 2025-12-14T20:12:04-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/774 Lênin como advogado: um problema inicial no estudo do direito na obra leniniana 2025-12-15T11:44:41-03:00 Pedro Rocha Badô pedrobado.doc@gmail.com <p>No presente artigo, buscou-se avaliar a hipótese geral, e suas derivações teóricas, de que Lênin, em sua juventude, exerceu a advocacia como forma de luta social. Através da leitura do próprio texto leniniano, que implicou também em uma breve pesquisa biográfica, concluiu-se por uma fragilidade desta hipótese, notando-se que não só a breve atividade advocatícia de Lênin não teve papel significativo em seu esquema tático, como há a preponderância da luta política sobre a esfera direito, principalmente através da organização de um partido.</p> 2025-12-15T11:44:26-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/777 Pachukanis, Marx e o caminho do abstrato ao concreto: a assim chamada questão de método 2025-12-15T11:34:19-03:00 Marcos Antônio Nascimento de Castilho marcoscst321@gmail.com <p>Pretendemos com esse artigo abordar algumas diferenças de tratamento sobre a “questão de método” entre Pachukanis, em Teoria geral do direito e marxismo, e Marx, na “Introdução” de 1857. Destacamos que o caminho do abstrato ao concreto, presente em Marx, é interpretado de forma distinta por Pachukanis. De início, com o objetivo de apreender o sentido que o pensador soviético dá à palavra “método”, passamos pelo seu debate com autores da teoria geral do direito, em especial os neokantistas e adeptos das teorias sociológicas e psicológicas do direito. Feito esse trabalho, passamos a explicitar as diferenças de tratamento do tema entre Pachukanis e Marx, evidenciando a ausência de uma questão de método no pensamento marxiano. Posteriormente, explicamos como a discussão do caminho do abstrato ao concreto está, em Marx, muito mais associada à distinção entre modo de exposição e modo de investigação, assim como no modo de apreensão do concreto pelo pensamento, do que em uma questão de método, como Pachukanis faz até certo ponto. Ao fim, encerramos as reflexões com a problemática da ordem das categorias: Para Pachukanis, a apreensão do concreto pelo pensamento corresponde à ordem histórica de surgimento das categorias na realidade mesma, enquanto, para Marx, essa ordem deve refletir a relação interna entre as abstrações na sociedade civil-burguesa, e isso implica no caráter histórico dessas abstrações, mas não em um historicismo como entende Pachukanis.</p> 2025-12-14T20:27:45-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/766 Los orígenes del pensamiento ontológico en Georg Lukács 2025-12-15T11:34:19-03:00 Diego Fernando Correa Castañeda diegocorreacast@gmail.com <p>En este artículo se hará un acercamiento a los diferentes períodos creativos de Georg Lukács en busca del sistema categorial, contenido a través del cual construyó su pensamiento ontológico. La ubicación de las categorías en las obras más representativas nos permitirá ver el desarrollo intelectual y, además, descubrir las diversas corrientes de pensamiento que iban a la par de sus creaciones, hasta llegar a su opus postumum: la Ontología del ser social en la que los diferentes campos ontológicos quedan consignados.</p> 2025-12-14T20:32:24-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/780 Decadência ideológica e a gênese do irracionalismo filosófico em Lukács 2025-12-15T11:34:19-03:00 Francisco Malê Vettorazzo Cannalonga rvielmi@gmail.com <p>Neste trabalho procuramos elucidar o conceito de irracionalismo empregado por Lukács. Partimos da teoria da decadência ideológica de Lukács para indicar dois elementos centrais da decadência ideológica: (1) a limitação do saber ao empírico e (2) a recusa dos problemas ontológicos. Concluímos que a impossibilidade de solucionar o problema da gênese dos fenômenos é traço característico da decadência ideológica. Com base nisso analisamos a maneira como o irracionalismo procura dar uma solução para esse problema mediante a postulação de um saber intuitivo e não-racional do sentido da realidade fetichizada do capitalismo, através do qual procura realizar uma apologia indireta deste.</p> 2025-12-14T20:35:40-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/771 “Habilidoso”, de Machado de Assis: um retrato do artista na moldura do diletantismo à brasileira 2025-12-15T11:34:20-03:00 Ana Laura dos Reis Corrêa rvielmi@yahoo.com.br <p>A justaposição imediata, e com traços satíricos, da figuração do artista&nbsp; em polos opostos – como Gênio e como alguém “Habilidoso”, título do conto de Machado de Assis que será analisado neste texto, – remete o leitor à questão do diletantismo na arte, que ganha força no século XIX e se reflete artisticamente, na narrativa machadiana, pela composição de personagens e narradores artistas: músicos, como o Pestana, de “Um homem célebre”, Inácio Ramos, de “O machete”, Mestre Romão Pires, de “Cantiga de esponsais”; escritores autobiográficos, como Brás Cubas, Bento Santiago e Conselheiro Aires; e um curioso pintor de quadros sem sucesso, João Maria, nosso protagonista “Habilidoso”. Entendendo a atitude diletante como uma condição histórica a ser enfrentada pelo artista e pelo intelectual na modernidade, investigamos de que forma a posição diletante, objeto da atenção de Goethe no século XVIII e estreitamente ligada à mudança da produção da arte no mundo do capital, se apresenta acrescida de um segundo grau problemático na obra machadiana: o diletantismo à brasileira.</p> 2025-12-14T20:38:41-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/781 A exploração aeroespacial como fronteira de valorização do capital portador de juros: especulação e formas jurídicas 2025-12-15T11:34:20-03:00 Rafael Silva dos Santos rvielmi@gmail.com Mateus Lima Furtado rvielmi@yahoo.com.br <p>A corrida espacial do século XXI não representa apenas um renascimento da disputa tecnológica entre potências, mas a expressão de um novo estágio da acumulação capitalista, em que a valorização se sustenta pela financeirização e pela destruição controlada de valores. O presente artigo analisa o fenômeno do New Space – a crescente privatização e financeirização do setor aeroespacial – como a forma mais acabada da fusão entre capital fictício e capital portador de juros, mediada pelo estado e pela forma jurídica. Partindo da crítica da economia política de Karl Marx, o estudo insere o setor aeroespacial no Departamento III da reprodução ampliada do capital, demonstrando que sua função estrutural é absorver excedentes por meio de mecanismos jurídicos e financeiros que convertem expectativas futuras em ativos negociáveis. A pesquisa evidencia que o direito, ao conferir segurança e legitimidade a tais processos, torna-se elemento constitutivo da acumulação contemporânea, transformando o fundo público em rentabilidade privada. Conclui-se que a exploração espacial não é uma ruptura com a lógica do capital, mas sua continuação sob formas cada vez mais sofisticadas, nas quais o cosmos se torna fronteira jurídica e financeira da valorização fictícia.</p> 2025-12-14T20:43:38-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/772 Ecologia e modernidade: contribuições de Rousseau para o desenvolvimento do debate contemporâneo 2025-12-15T11:34:21-03:00 Daniel do Val Cosentino danielc@ufop.edu.br Henrique Segall Nascimento Campos henriquesegall@gmail.com <p>As diversas filosofias que animam o ideário relativo aos problemas ambientais são tão diversas, que o julgamento sobre esse amor devotado à natureza, pode ser, claramente, questionado. Entendemos, por sua vez, que Rousseau, um dos representantes, por assim dizer, dessa modernidade que poderia ser criticada pelos “verdes” mais radicais, por ser antropocêntrico, ao nosso ver, tem contribuições importantes a oferecer para o debate teórico que se coloca a respeito da temática ecológica. Ao acompanharmos a crítica das ciências, das artes, das instituições humanas, a partir do conceito de natureza, e também do homem de natureza, podemos extrair do pensamento de Rousseau elementos importantes para reforçar o debate em ciências humanas sobre o pensamento ecológico advogado nos dias atuais. Portanto, do exame das artes percebemos os problemas da relação humana com a natureza e, por conseguinte, o sentido da reforma que precisa ser levada à diante, contrariando a condição de decrepitude humana em sociedade que fazem o homem tirano de si mesmo e da natureza como um todo.</p> 2025-12-14T00:00:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/783 “Novos rostos de Marx”: da crítica da economia política aos horizontes da luta pela emancipação humana 2025-12-15T11:34:22-03:00 Ana Carolina Marra de Andrade anamarra7@gmail.com <p>No presente artigo, propõe-se um debate em torno da obra<em> Karl Marx: </em>biografia intelectual e política (1857-1883) (2023), de Marcello Musto, com o objetivo de lançar luz sobre o Marx real e histórico, ressaltando a importância de compreender sua obra em sua totalidade e a partir de sua gênese, estrutura e função. Considerando o renascimento das discussões acerca do estatuto do pensamento marxiano, impulsionado pela disponibilização digital dos cadernos inéditos do “último Marx” na <em>Marx-Engels Gesamtausgabe</em> (Mega), busca-se, com base em Musto, apresentar “novos rostos de Marx”, evidenciando a relação entre o desenvolvimento da crítica à economia política, sua inserção nos movimentos sociais e seus últimos escritos. Por fim, estabelece-se um diálogo com algumas das tendências interpretativas atuais que discutem as possíveis diferentes fases existentes no interior do pensamento maduro do autor.</p> 2025-12-14T20:50:24-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/785 Dialética do sionismo 2025-12-15T11:34:22-03:00 Maurício Tragtenberg rvielmi@gmail.com <p>Publicado originalmente na revista <em>Nova Escrita Ensaio</em>, São Paulo, Ensaio, ano IV, n. 10, pp. 105-13, 1982.</p> 2025-12-14T20:56:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/784 Constituinte e revolução: entrevista com Florestan Fernandes 2025-12-15T11:34:22-03:00 Florestan Fernandes rvielmi@gmail.com <p>Entrevista concedida a J. Chasin, Ricardo Antunes, Antônio Rago Filho, Paulo Douglas Barsotti e Maria Dolores Prades em fevereiro de 1989. [Publicada originalmente na <em>Revista Ensaio</em>, São Paulo, Ensaio, n. 17/8, pp. 123-58, 1989. Revisada por Vânia Noeli Ferreira de Assunção.]</p> 2025-12-14T21:01:19-03:00 ##submission.copyrightStatement## http://verinotio.org:80/sistema/index.php/verinotio/article/view/768 Resenha do livro: François-Pierre-Guillaume GUIZOT Pourquoi la révolution d'Angleterre a-t-elle réussi? Discours sur l'histoire de la révolution d'Angleterre 2025-12-15T11:34:23-03:00 Karl Marx rvielmi@gmail.com Friedrich Engels rvielmi@yahoo.com.br <p><em>A resenha ora traduzida é parte de um conjunto de resenhas contidas nos volumes que foram publicadas sem assinatura nos números 2 e 4 da “Neue Rheinische Zeitung. Politisch-ökonomische Revue”. Em 1892, Engels relatou em um esboço biográfico sobre Marx, que juntamente com ele Marx também havia escrito na “Revista” resenhas e análises políticas. No que diz respeito a algumas resenhas, como as dos livros de Emile de Girardin e Guizot, é muito provável que tenham sido escritas por Marx, enquanto a resenha do livro de Thomas Carlyle provavelmente foi escrita por Engels. No entanto, como isso não pode ser comprovado com certeza, mais correto seria considerar a resenha que se segue como uma produção conjunta.</em></p> <p><em>Publicado em „Neuen Rheinischen Zeitung. Politisch-ökonomische Revue". Zweites Heft, Februar 1850. Traduzido por Ronaldo Vielmi Fortes a partir da Edição da MARX-ENGELS WERKE - Band 07 - August 1849-Juni 1851; Berlim: Dietz Verlag, 1960.</em></p> 2025-12-14T21:08:00-03:00 ##submission.copyrightStatement##