Hannah Arendt

milagre, história e revolução

  • Vitor Bartoletti Sartori

Resumo

Analisa-se a ideologia política de Hannah Arendt, procurando mostrar que a pensadora parte das distinções entre “labor”, “trabalho” e “ação”, tendo por essencial o que chama de “milagre”, relacionado ao “acontecimento”. Na teoria da autora de A condição humana, o último se coloca contra quaisquer continuidades, progressos ou relações de causalidade na história. Com base nele, desenvolve uma concepção subjetivista de história. Esta concepção, por sua vez, aparece na análise de Arendt sobre a revolução, opondo-se ao marxismo, ao socialismo e ao controle consciente das condições de vida. Pretende-se mostrar: a pensadora volta-se contra aspectos específicos de sua época somente ao reafirmar as suas vicissitudes. Tem, assim, o domínio do capital como suposto, dando impulso a uma forma de apologia ao existente.

Palavras-chave: Hannah Arendt; Karl Marx; História; revolução; politicismo.

Biografia do Autor

Vitor Bartoletti Sartori

Doutor em filosofia do direito pela USP. Professor da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo.

Publicado
2018-03-28
Seção
Artigos fluxo contínuo