O mundo do capital como sociabilidade do equivalente nos Grundisse de Karl Marx

  • Antônio José Lopes Alves

Resumo

A análise do conjunto dos manuscritos marxianos de 1857-1858, conhecido como Grundrisse, voltada a recolher elementos esclarecedores da determinação da sociabilidade moderna resultou na identificação desta como determinada pela regência quase imperial do valor, do equivalente, que, como alma ou princípio objetivo próprio ao mundo capitalista, conforma toda a malha interativa e recíproca nas quais se constitui o ser social na modernidade. Neste mundo, ao contrário do observado na Antiguidade Clássica, por exemplo, os indivíduos não se encontram mais determinados pela comunidade, enquanto pressuposto e horizonte de seu viver, se produzir e sua atividade. No interior da sociabilidade do capital o que ige antes é a forma da produção do valor e do intercâmbio social da troca de mercadorias, com os indivíduos interagindo reciprocamente sob essa dupla determinação.

Palavras-chave: Sociabilidade – Individualidade – Valor – Equivalência

Biografia do Autor

Antônio José Lopes Alves

Doutorando em Filosofia pela UNICAMP. Professor de Filosofia do Colégio Técnico – UFMGGrupo de Pesquisa: Marxologia e Estudos Confluentes – UFMG.

Publicado
2018-03-19
Seção
Artigos fluxo contínuo