Apresentação: da teoria das abstrações à crítica chasiniana de Lukács

  • Vânia Noeli Ferreira de Assunção Universidade Federal Fluminense
Palavras-chave: J. Chasin, Lukács, teoria das abstrações, Marx: estatuto ontológico e resolução metodológica

Resumo

O excerto que se oferece ao deleite do leitor é parte de um texto com história curiosa. Em 1995, tendo decidido pela publicação do livro Pensando com Marx, de Francisco J. S. Teixeira, J. Chasin, então editor da Editora Ensaio, começou a escrever um posfácio cujo objetivo era salientar as principais qualidades do texto de Teixeira, destacadamente, o fato de fazer uma leitura imanente do texto marxiano. Nesse mister, Chasin contrapôs o acertado procedimento de Teixeira à atitude prevalente de ler Marx por lentes que o distorcem, imputando-lhe elementos que lhe são exteriores. Chasin quis exemplificar algumas dessas interpretações deturpadas e lhes fazer a devida crítica, o que, por outro lado, demandou dar a conhecer em detalhes o procedimento marxiano – que já havia décadas buscava redescobrir pelo estudo acurado e sem imputações dos seus próprios textos, estudados detalhadamente em monografias que avaliavam o conteúdo e as transformações pelas quais passou o ideário marxiano em seu período formativo. E assim, ao fim e ao cabo, o tal posfácio acabou ganhando um corpo não planejado no início, tornando-se um calhamaço de mais de 200 páginas de um debate tão denso que se descolou do livro original com o qual veio a lume.

Biografia do Autor

Vânia Noeli Ferreira de Assunção, Universidade Federal Fluminense

Professora da Universidade Federal Fluminense – Rio das Ostras. Coeditora da Verinotio. E-mail: vanianoeli@uol.com.br.

Publicado
2021-08-24
Seção
György Lukács: 50 anos de sua morte