A sombra do progresso
Lukács, Balzac e as contradições do realismo
Resumo
Esse artigo procura situar as leituras de Lukács sobre Balzac, coligidas no volume Balzac und der französische Realismus [Balzac e o realismo francês] no contexto dos debates que movimentaram a vida intelectual soviética àquela altura, isto é, ao longo dos anos 1930. Nesse sentido, foram fundamentais os debates contra a sociologia vulgar, nos quais Lifschitz, com quem Lukács irá manter por muitos anos uma rica interlocução, logo tomou a dianteira. Além do “triunfo do realismo”, outros conjuntos de problemas ligados à relação entre literatura e visão de mundo viram-se no centro de uma disputa acalorada, que culminou na suspensão da revista literária Literaturnyi kritik. Tanto Lukács quanto Lifschitz operam um deslocamento desse debate que concerne aparentemente problemas da teoria literária para o campo da filosofia da história, mais precisamente, das concepções sobre o progresso, para expor afinal qual era de fato o objeto da polêmica. Iremos então nos deter nesse nó, acompanhando as consequências que Lukács extrai daí para as suas leituras de Balzac.
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