Notas sobre “As formas que precederam a produção capitalista” dos Grundrisse e a centralidade do valor

Palavras-chave: Marx; Grundrisse; formas de propriedade; valor; laço social

Resumo

Os Grundrisse são a primeira expressão da crítica ontológica da economia política feita por Marx. Ao tratar, das formas sociais que precedem a sociedade capitalista, Marx já se afastara da centralidade, até então atribuída, à forma jurídica da propriedade na explicação da dinâmica social de toda a historicidade do ser social. Aqui, Marx já vislumbra que na sociedade do capital há uma essência (valor) que é permanência na mudança e que se modifica na quantidade e não na qualidade e que, ao mesmo tempo, é a forma específica da riqueza, forma de dominação social específica da sociedade capitalista, forma social automediadora e médium social. Essa substância só existe socialmente no interior de um inexorável processo de autoexpansão que é nomeado por Marx como capital. Capital, desse modo, revela-se um constrangimento lógico que em seu nível mais crucial independe da forma jurídica da propriedade para se efetivar no mundo humano.

Biografia do Autor

Paulo Henrique Furtado de Araujo, PPG Economia-UFF - Niterói

Professor da Faculdade de Economia da UFF, professor do PPGE-UFF, membro do Niep-Marx-UFF e Coordenador do Gepoc-UFF. Contato: phfaraujo@id.uff.br.

Mariana Pacheco de Araujo, mestranda do IPPUR-UFRJ

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela EAU-UFF, mestranda do IPPUR-UFRJ. Participante do Gepoc-UFF. Contato: mparaujo@id.uff.br.

Publicado
2024-11-10
Seção
Artigos fluxo contínuo