O caminho de Marx para Hegel: a busca do conceito e a crítica do existente

  • Murilo Leite Pereira Neto Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), campus Ituiutaba.
Palavras-chave: Marx, Hegel, hegelianismo

Resumo

Neste trabalho, buscamos expor, a partir da leitura imanente dos textos do próprio Marx, a filiação do pensador alemão ao pensamento de Hegel e ao hegelianismo. Caminhou-se, no presente texto, pelas veredas que levaram o “vigoroso andarilho”, como Marx se intitula na carta ao pai (1837), ao pensamento hegeliano, pois, apesar da vasta bibliografia disponível sobre a relação entre Marx e Hegel, ainda é diminuto o material que procura analisar o modo pelo qual Marx adere ao hegelianismo. Pode-se debater em que medida Marx se manteve hegeliano ao longo do seu itinerário intelectual, qual a medida do distanciamento que o autor de O capital guardou em relação ao último filósofo do Idealismo Alemão, se houve ruptura e o grau dessa ruptura. Antes, contudo, é necessário compreender como o jovem alemão se tornou discípulo de Hegel e que tipo de discípulo foi Marx. Nossa análise percorreu os diversos textos do período acadêmico do autor, os quais contemplam variados materiais, como correspondências, escritos literários, anotações e o que restou da sua tese doutoral. Procuramos demonstrar que a adesão de Marx ao hegelianismo ocorreu em 1837, a partir da crítica ao idealismo de Kant e Fichte.

Biografia do Autor

Murilo Leite Pereira Neto, Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), campus Ituiutaba.

Doutor em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor efetivo do curso de direito na Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), campus Ituiutaba.

Publicado
2024-11-10
Seção
Artigos fluxo contínuo