A educação de jovens e adultos e o analfabetismo entre idosos no semiárido nordestino

velhice e exclusão educacional no campo

  • Marcos Augusto de Castro Peres

Resumo

Este artigo trata da exclusão educacional vivida por idosos na região do semiárido nordestino, particularmente no interior do estado do Rio Grande do Norte. Essa região apresenta sérios problemas sociais decorrentes da precariedade de infraestrutura urbana dos municípios e regiões rurais e da condição de pobreza vivida por grande parte da população. Verificam-se nessa região índices bastante elevados de analfabetismo, particularmente entre a população com 60 anos e mais de idade. Essa situação gera questionamentos sobre a suposta universalidade dos programas de educação de jovens e adultos (EJA), que, segundo a LDB, estão destinados a “jovens e adultos trabalhadores”. E os idosos são excluídos desses programas, especialmente porque não se inserem mais na categoria de “trabalhadores”, o seu público-alvo principal. Por outro lado, podemos ver em certas iniciativas de educação popular, ocorridas em movimentos sociais, particularmente na chamada “educação do campo”, formas alternativas de educação, que procuram contemplar a universalização e a diversidade dos participantes das (e nas) ações educativas.

Palavras-chave: Velhice; Analfabetismo; Política Educacional; Educação de Jovens e Adultos; Educação Popular; Educação do Campo.

Biografia do Autor

Marcos Augusto de Castro Peres

Cientista social e mestre em sociologia pela Unicamp. Doutor em educação pela USP. Professor-adjunto da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Campus Central, Mossoró/RN.

Publicado
2018-03-25
Seção
Artigos fluxo contínuo