Poder, política e representação
Três supostos e uma hipótese constituinte
Resumo
Devo dizer de imediato de minha condição de inapetente para o assunto desta nossa mesa-redonda. Inapetência declarada não porque genericamente desconsidere o tema, ou o julgue desimportante. Trata-se, na realidade, de uma falta de apetite bem determinada, de anorexia específica e categórica, sempre que a reflexão sobre as formas da representação política tenha por suposto, como ocorre na maioria das vezes, a tensão, a convicção e o propósito do aperfeiçoamento do poder. O que assinalo, pois, é minha recusa, na reflexão política, a pontos de partida que são impulsionados pela ideia de aprimoramento da dominação. Que arranquem desta idealidade e que a ela retornem por um circuito de ordem tautológica que, por complexo e enriquecedor que seja, outra coisa não pode operar do que a simples reafirmação da dominação e com isto seu reforço. Mais não afasto aqui do que o devir da perfectibilidade e da perenidade do poder político. O que, portanto, não põe de lado as questões do estado, da política e da representação, mas obriga a redeterminar as bases de sua discussão.
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